Exílio, Cubanidades inventadas e anticastrismo em Gloria Estefan: apontamentos sobre o álbum Mi Tierra

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Igor Lemos Moreira

Resumo

Lançado em 1993, Mi Tierra é considerado um dos principais álbuns da cantora cubana Gloria Estefan. Nascida em Havana ( Gloria exilou se nos EUA com sua família logo após a Revolução de 1959, tendo com o passar dos anos se engajado no anticastrismo e na oposição ao governo revolucionário. Considerada, contemporaneamente, uma das principais porta vozes da comunidade cubana no exílio, Gloria Estefan sempre pautou sua cubanidade nas produções cancionais e em suas performances, mas nos anos 1990 passou a potencializar esse processo, em particular em função do contexto vivido tanto em Cuba quanto pela comunidade exilada. Foi nesse contexto que produziu o álbum Mi Tierra um disco colaborativo que reuniu diferentes artistas simpáticos aos anticastristas cuja temática central era a própria identidade cubana projetada pelas comunidades exiladas. O presente trabalho pretende, em uma análise historiográfica inserida nas perspetivas da h istória do t empo p resente, analisar o referido álbum, lançado em 1993 pela Epic Records, enquanto um disco inserido na “cultura do exílio” cubano, procurando compreender o papel da nostalgia, e a forma como a composição articulou emoções e usos do passado na produção de uma representação acerca das identidades cubanas afinada ao discurso anticastrista.

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Como Citar
Lemos Moreira, I. (2024). Exílio, Cubanidades inventadas e anticastrismo em Gloria Estefan: apontamentos sobre o álbum Mi Tierra. Contrapulso, 6(1), 7–22. https://doi.org/10.53689/cp.v6i1.235
Seção
Dossiê Álbuns do exílio: música popular, política e experiências
Biografia do Autor

Igor Lemos Moreira, Universidade Federal de São Paulo

Pós doutorando Instituto das Cidades
Universidade Federal de São Paulo Unifesp
igorlemoreira@gmail.com