Participar, observar, investigar: o método como percurso
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O termo método é amplamente difundido, tanto no contexto acadêmico, quanto no âmbito musical, seja ele institucional ou não. No entanto, na maioria das vezes, esse termo expressa significados diferentes, por vezes opostos. Nesse artigo busco refletir sobre esses diferentes sentidos, estabelecendo alguns critérios e parâmetros que considero pertinentes, especialmente para pesquisas que tenham a música como objeto de análise. Além de me servir da etnografia para refletir sobre a questão do método científico no campo da música, tenho também como objetivo esclarecer o que é agir com método, de forma mais geral. Para isso, examino as relações existentes entre o saber, o fazer e a performance, na construção de um caminho que envolva a prática, o movimento, o percurso, como potentes recursos metodológicos. No caso do método etnográfico, talvez a forma mais apropriada para refletirmos sobre esse assunto –especialmente quando o entendemos como uma prática– seja deixando que ele se revele através de uma descrição, de um relato. Assim, ao longo do artigo, descrevo algumas das minhas experiências como músico-pesquisador, na busca por esse percurso participativo-observador.