Paulo Gustavo da Encarnação. 2018. Rock cá, Rock lá: A produção roqueira no Brasil e em Portugal - 1970/1985. São Paulo: Intermeios, 284 pp.
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Nos anos 1970, a ala jovem do mundo ocidental encontrava alento no –também jovem– rock. Os baby boomers, que viriam a protagonizar não somente os espaços de contestação política, mas também os de consumo da indústria cultural, se deparariam com um rock matreiro, que trocava o couro, o topete e o rebolado dos anos 1950 pelo visual andrógeno, as ombreiras e o ocultismo. Ambos –a força juvenil e o rock– iriam transgredir as fronteiras dos países centrais e seriam difundidos massivamente a partir da década de 1970. Ambos, apesar de muita resistência, conseguiriam se estabelecer durante todo o decênio, sempre concatenados com o caráter internacional, porém incorporando as especificidades dos locais onde desembarcariam. Foi assim em dois países de língua portuguesa: Brasil e Portugal. O historiador Paulo Gustavo da Encarnação observa que é justamente no início dos anos 1970 que o rock, nos dois territórios lusófonos, começa tanto a dialogar com os gêneros musicais denominados nacionais quanto a ser um polo aglutinador da juventude acoroçoada. Encarnação também nota que é no decurso dos anos 1980 que o rock, cá e lá, passa por um processo de nacionalização, consolidando-se e fixando-se como mais uma vertente do crisol musical de cada país.
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